ACADEMIA
MACEIOENSE DE LETRAS
“Sê inteiro em cada coisa. Põe o quanto és
no mínimo que fazes”. Fernando Pessoa (1888/1935)
Nasceu
no dia 11 de agosto de 1955, na sala da Associação Alagoana
de Imprensa (77 anos), no prédio do antigo IPASE, sob a inspiração
do jornalista José Rodrigues de Gouveia, hoje, residente na terra
de José de Alencar. Bem como integravam a plêiade de intelectuais
a saber: Augusto Vaz da Silva Filho, Arthur Verres Domingues, poeta
de Coqueiro Seco Manoel Cícero do Nascimento, Cláudio
Antônio Jucá Filho (atual presidente), Rui Ávila,
Paulo Duarte Cavalcante e Rui Sampaio.
Em realidade, a AML brotou em face da
decadência do Centro Cultural Emílio de Maya conforme assinala
o autor do livro Academia Maceioense de Letras – uma instituição
cinqüentenária – doutor Helder Lisboa de Sá
Júnior, sócio efetivo da Associação Alagoana
de Imprensa (AAI); historiador consagrado nas suas pesquisas de relevo
na contemporaneidade; e, sobretudo, médico consciente de seu
papel social a serviço da sociedade alagoana.
Aliás, diga-se de passagem, de
sua excelsa inteligência outras obras abrilhantam as Bibliotecas
locais/nacionais: Portugal Ramalho: Notas Bibliográficas, Sociedade
de Medicina de Alagoas: 90 Anos, a Justiça Eleitoral em Alagoas
e Aristheu de Andrade: O rouxinol das Alagoas (no prelo). Afora isso,
diversos prêmios literários arrebatou com sua capacidade
ímpar de escrever e, ao mesmo tempo, imortalizar-se nos anais
do seu tempo.
Por outro lado, como contador envereda
pela seara dos números produzindo balanços, levantamentos
contábeis onde expõe sua capacidade de produzir documentos
capazes de marcar sua época de homem público que abraçou
múltiplas atividades profissionais em benefício da coisa
pública.
É, por excelência, obstinado
naquilo que faz. Possui feeling de memorialista e, por conseguinte,
condensa sua pesquisa sob a égide da veracidade dos fatos. E,
por isso, seus trabalhos já se consagraram como fonte de pesquisa
daqueles que se dizem amantes da historicidade, da biografia de homens
que se foram deixando marcas indeléveis que a poeira do tempo
não conseguirá apagar.
Agora, debruçou-se na pesquisa
sobre a Casa do vate Cipriano Jucá, meu patrono na Academia Maceioense
de Letras, capitaneada pelo bravo poeta-escritor Jucá Santos.
Trouxe à tona relatos, registros, depoimentos capazes de imortalizar
o sodalício que, no dia 10 de setembro pretérito na SEUNE
comemorou 53 de anos de bons serviços prestados à coletividade
maceioense.
A magna data, por sua vez, contou com
a presença do preclaro presidente da Ordem Nacional dos escritores
(SP), Dr. José Verdasca, que naquela memorável noite cultural
outorgou MEDALHA/DIPLOMA a diversas personalidades que fazem a AML,
bem como a minha singularíssima pessoa, Jucá Santos, Dr.
José Sebastião Palmeira, diretor-geral da Sociedade de
Ensino Universitário do Nordeste, e ao vice-governador do Estado
de Alagoas, médico renomado Dr. José Wanderley Neto.
A Academia Maceioense de Letras, senhora
respeitável no mundo cultural da capital das Alagoas, estava
a precisar de uma manifestação de carinho e apreço
à altura de sua grandeza. Por essas razões, o médico-escritor
Heider Lisboa de Sá Júnior presta uma homenagem gratificante
a todos nós que a integramos. Merece, pois, aplausos pelo seu
mister e, ao mesmo tempo, consideração e respeito pela
feliz iniciativa de elaborar um trabalho desta magnitude.
O inolvidável poeta Cícero
do Nascimento, legou à posteridade um poema imorredouro dedicado
à AML: “Bendita Academia Maceioense /De letras que a cultura
em franca meta,/Dá fruto sazonado que convence,/Na essência
do sabor que se projeta/Na palidez do tempo e não se vence/ À
força de uma audácia irrequieta,/Condutora da glória
que pertence/A quem na fé do ideal se faz profeta”.