Registrada em 06 de abril de 2009

A ALACIB é uma Associação Literária sem fins econômicos, com sede e foro em Mariana, Minas Gerais, CNPJ 10778442/0001-17. Tem por objetivo a difusão da cultura e o incentivo às Letras e às Artes, de acordo com as normas estabelecidas no seu Regimento. Registrada em 06 de abril de 2009.

Diretoria da Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil
Presidente: Andreia Aparecida Silva Donadon Leal
Vice-Presidente: J.S. Ferreira

Secretário-Geral: Gabriel Bicalho
Tesoureiro: J. B. Donadon-Leal
Promotora de Eventos Culturais: Hebe Maria Rôla Santos
Conselho Fiscal e Cultural: José Luiz Foureaux de Souza Júnior, Magna das Graças Campos e Anício Chaves

Acadêmica ZAÍRA MELILLO MARTINS
Cadeira nº
37
Patrono: Affonso Ávila


 

Notas Biográficas de Zaíra Melillo Martins

Zaíra Melillo Martins
Filiação: Miguel Melillo e Carolina Vieira Melillo
Naturalidade: Itabirito – MG
Estado Civil: casada
Nome do cônjuge: José Martins Pereira Neto
Profissão: professora
Endereço: Rua Lisboa- 105 – Bairro Europeu -- Caeté/MG
Cep: 34800-000
Telefones: (031) 3651-1589 / (031) 988401589
E-mail: zairamelillo@hotmail.com

ESCOLARIDADE
- Curso primário no Grupo Escolar Dr. Raul Soares – Itabirito/MG;
- Curso ginasial no Colégio Dr. Guilherme Gonçalves – Itabirito/MG;
- Curso Normal na Escola Normal Madre Illuminata – Itabirito/MG;
- Curso de Atualização Cultural da Mulher – Belo Horizonte – 1985;
- Curso de Língua Francesa, ministrado pelo Dr. Marcus Vinícius de Aguiar Coutinho –
em Itabirito/MG – 1997;
- Curso de Letras da Faculdade de Sabará/MG – concluído em 2005;
- Curso de pós-graduação em Psicopedagogia – Caeté/MG – 2006.

ATIVIDADES CULTURAIS E PREMIAÇÕES
- Publicação do primeiro artigo no jornal paroquial de Itabirito, aos 16 anos;
- Primeiro lugar no II Concurso de Poesias da SRM – Mairinque/SP – 1971;
- Primeiro lugar no II Concurso de Contos da SRM – Mairinque/SP – 1972;
- Primeiro lugar n I Concurso de Contos do jornal “O TUBÃO” – Caeté/MG- 1976;
- Destaque Cultural de Caeté/MG – 1984/1987/1988;
- Premiação no I Concurso de Jornalismo da Prefeitura Municipal de Congonhas/MG-
1985;
- Menção Especial da Academia Internacional de Letras do Rio de Janeiro/RJ, com Me dalha de Bronze – 1987;
- Lançamento da Antologia poética “Cidade Encanto”, em Itabirito/1987;
- Apresentação de textos históricos sobre Itabira do Campo, no programa “Coisas Nossas”, da Rádio Cultura de Itabirito/MG – 1987;
- Destaque do Ano , em Literatura, promovido pela Câmara Júnior de Itabirito/MG-1988;
- Exposição da mostra “Imagem Literária”, a convite da Fundação Educacional de Caeté, em 1990;
- Exposição de trabalhos literários na Casa de Cultura de Itabirito/MG – 1995;
- Foi membro das seguintes entidades culturais: Sociedade dos Escritores Novos de Minas Gerais- Belo Horizonte; Comissão Municipal de Cultura da Prefeitura de Itabirito; Associação Cultural de Caeté; Sociedade Amigas da Cultura, Belo Horizonte; Conselho Deliberativo da Casa de Cultura de Caeté; Departamento de Cultura da Sociedade Amigos da Cidade,Caeté, como diretora; Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural de Itabirito;
- Sócia correspondente da Academia de Letras de Vassouras/RJ, indicada pelo escritor e historiador Dr.José Carlos Vargens Tambasco;
- Publicações nos jornais: “O Estado de Minas”, “Jornal de Casa”,”Jornal Ita”, “Gazeta de Itabirito”, “Itabirito Notícias”, “Imagens”, “Boletim do Rotary”, “O Tubão”, “Opinião”, “Folha de Caeté”, “Acontece” e outros;
- Membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG), empossada em 2000, como representante de Itabirito/MG;
- Revisora do livro “Reencontros”, de José Pires, publicado em 2005, e autora do seu texto de apresentação;
- Troféu Carlos Drummond de Andrade, recebido em Itabira, em 2010, no evento “Destaques do Ano”, que é o mais antigo do gênero no Brasil;
- Lançamento da obra infantil “De Meninas e de Bichos”, na Biblioteca Pública de Itabirito,em 16 de abril de 2011; no Museu Regional de Caeté, em 2011; na livraria Encontro Marcado, em Itabirito- 2012;
- Mérito Educacional concedido pela Câmara Municipal de Itabirito, em setembro de 2011;
- Participação da antologia “Écrivains Contemporains du Minas Gerais”, com mais de 30 escritores mineiros, que divulgou a literatura mineira na França. O lançamento oficial da antologia bilíngüe – português e francês – foi no Salão do Livro de Paris, em março de 2012;
- Medalha de Prata da “Académie Internacionale Merite et Devouement Français”, recebida em Paris, passando a integrar a Academia francesa;
- Medalha de Ouro do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, recebida em Mariana, em março de 2012;
- Homenagem do Conselho Municipal de Turismo de Caeté, com placa comemorativa, por destacar o nome da cidade no exterior – junho de 2012;
- Medalha Francisco Homem Del Rey, concedida pela Câmara Municipal de Itabirito-2012;
- Participação da antologia “O Livro das Aldravias”, lançado em Portugal e na Ilha da Madeira, em abril de 2013, quando ingressou nas seguintes agremiações culturais: Academia Internacional de Heráldica; Academia Portuguesa de Ex- Libris; Seminário de Heráldica da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro;
- Participação dos saraus literários promovidos pela Biblioteca Pública de Itabirito;
- Premiação no concurso de contos do Ministério da Cultura e Fundação da Vale, com o lançamento do livro “Histórias que Ouvi Contar”, em Mariana/MG, em 2013;
- Projeto do primeiro livro de aldravias, escrito pelos alunos da Escola Estadual Sebastião Ribeiro de Brito, de Caeté, com a participação das professoras de português, ensino fundamental. Foi intitulado: “Pequenos Grandes Poetas”. O prefácio é de sua autoria;
-Homenagem da Escola Estadual Sebastião Ribeiro de Brito, por ocasião do lançamento do livro dos estudantes, em 2014;
- Premiação no Concurso Internacional de Literatura da ALACIB, com entrega dos prêmios em março de 2014- Mariana/MG;
- Posse como acadêmica na Academia de Letras Artes e Ciências Brasil (ALACIB), em Mariana, tendo com patrono Affonso Ávila – junho de 2014;
- Participante da comissão que escolheu a melhor redação estudantil alusiva aos 300 anos de Caeté, em 2014;
- Participante do projeto “Poesia Viva”, do grupo de escritores de Mariana, com a doação dos livros infantojuvenis.
- Apresentação do livro “Flor da Pedra”, de autoria da acadêmica Elza Aguiar Neves;
- Premiação da Academia de Letras de Ponte Nova, no concurso de contos de 2014;
- Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro, com sede em Sabará, empossada em 2015, tendo como patrono Antônio Francisco Lisboa. Participou da Revista n. 3, lançada no primeiro semestre de 2017.


ESPECIFICAÇÕES DOS LIVROS PUBLICADOS:
- Cidade Encanto – Belo Horizonte: Sociedade Gráfica e Editora Ltda, 1987;
- De Meninas e de Bichos – livro infantojuvenil: Belo Horizonte: Tecgráfica Gráfica e Editora, 2010;
- Casos do Mano Dedé -- Aldrava Letras e Artes-Mariana- Editora O Lutador-BH- 2018.

ESPECIFICAÇÕES DAS PUBLICAÇÕES EM ANTOLOGIAS:
- Brasil Literário – Rio de Janeiro: Crisalis Editora, 1984 – premiação;
- Poetas Brasileiros de Hoje – Rio de Janeiro: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985- premiação;
- Literatura Brasileira – Rio de Janeiro:Shogun Editora e Arte Ltda,1985 – premiação;
- Os Mais Belos Contos do Brasil – DF: Agência de Notícias Brasília Ltda,1987 – premiação;
- Boletins da Academia de Letras de Minas Gerais – Belo Horizonte: AMULMIG;
- Coletâneas da AMULMIG – Belo Horizonte: Emil Editora, 2002,2003,2004,2005 e 2006, premiações de contos e poesias;
- Itabirito em Revista, publicações periódicas do editor Emílio Nolasco, como colaboradora;
- Riscos e Versos – Belo Horizonte: Editora FAPI, 2006;
- Écrivains Contemporains du Minas Gerais – Paris: Yvelinédition, 2012;
- Livros das Aldravias- Mariana, volumes I, II, III, IV , V e VI(edições anuais, com início em 2012), Aldrava Letras e Artes;
- O Livro I das Aldravipeias – Mariana: Aldrava Letras e Artes, 2014;
- Histórias que Ouvi Contar – Mariana:Ministério da Cultura e Fundação Vale,2014-premiação;
- Coletânea ALACIB (prosa e verso) – Mariana: Aldrava Letras e Artes, 2014 – premiação;
- Revista n. 3 – Edição Comemorativa – do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro – Sabará: Gráfica e Editora o Lutador, 2017;
- A História Tricentenária do Alto Rio das Velhas-da nascente a Itabirito e Rio Acima- do historiador Walter Gonçalves Taveira. Prefácio e participação do livro – Belo Horizonte: Gráfica e Editora O Lutador, 2017;
- Verso e Prosa AMULMIG – Coletânea comemorativa dos 55 anos da AMULMIG – Gráfica e Editora O Lutador, 2018.

Discurso de Posse - Saudação a Affonso Ávila

Meus cumprimentos aos distintos fundadores da Academia de Letras, Artes e Ciências Brasil, ilustres componentes da Mesa, ilustres autoridades, convidados e familiares presentes, prezados acadêmicos da ALACIB:

Neste momento que se reveste de um grande significado e que muito me honra, reporto à memorável tarde de vinte e seis de agosto de 2000, quando tomei posse na AMULMIG, representando Itabirito, minha terra natal.
A vida acadêmica seguiu o seu curso e aqui me encontro novamente, prestes a assumir a cadeira nº 37 desta conceituada Academia, a convite da prestigiosa Andrea Donadon Leal. Não poderia deixar de agradecer-lhe essa atenção e honraria – a de integrar o quadro da ALACIB – participando com imenso prazer da cultura da nossa “pérola barroca”, que é Mariana.
Espero estar à altura dessa Academia, para trocar experiências e enriquecer a minha trajetória.
Foi uma surpresa prazerosa deparar com o nome indicado para o meu patrono, que foi o notável intelectual Affonso Ávila. Integrante de uma família de conceituados detentores das letras,que foi casado com a não menos notável Laís Corrêa de Araújo, falecida em 2006, e que é uma das dignas patronas da ALACIB. Nessas conexões que a vida apresenta, recordo-me que fui aluna do Dr. Plácido Corrêa de Araújo, que exerceu o cargo de Juiz de Direito em Itabirito,sendo, portanto, cunhado de Affonso Ávila. Faço questão de citar o nome de Dr. Plácido porque ele foi um grande incentivador dos meus primeiros escritos, naqueles saudosos anos da minha adolescência.
O nome de batismo do meu patrono era Affonso Celso Ávila. Nasceu em Belo Horizonte, em 19 de janeiro de 1928, sendo filho de Lindolfo de Ávila e Silva e de Liberalina de Barros Ávila.
Affonso Ávila teve cinco filhos: Carlos, Cristina, Myriam, Paulo e Mônica, alguns seguindo as tendências intelectuais do pai. Foi sempre um leitor assíduo, desde a adolescência, hábito que o acompanhou por toda a vida. Affonso Ávila é considerado um dos maiores poetas modernistas mineiros e um dos maiores entre os poetas contemporâneos brasileiros.
Além de poeta, era pesquisador e ensaísta. Foi um grande estudioso e conhecedor do Barroco no Brasil, principalmente do Barroco Mineiro. Criador do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA -, trabalhou no levantamento e conservação do patrimônio artístico e arquitetônico das cidades históricas mineiras.
Seu foco foi sempre o Barroco Mineiro e seu objetivo era apresentar, com considerável bagagem de conhecimentos, a originalidade dessa importante manifestação artística.
Como ex-membro do Conselho do Patrimônio Histórico da Prefeitura de Itabirito e atualmente participando do Conselho de Turismo de Caeté, mais uma vez me sinto conectada ao meu patrono, diga-se de passagem.
Como poeta, estudioso e intelectual, ligou-se ao movimento do concretismo paulista, junto aos poetas Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos. Com a esposa Laís e outros escritores, fundou a revista Vocação, fato que contribuiu para que fosse nomeado Auxiliar de Gabinete de Juscelino Kubitschek, quando este foi governador do estado.
Detentor do Prêmio Jabuti de Literatura, entre outros, influenciou movimentos literários, organizando a Semana da Poesia de Vanguarda, em 1963.
Atuou como colunista do jornal “O Estado de São Paulo “, dirigiu por mais de 30 anos a revista Barroco, da UFMG. Publicou em torno de 21 livros, destacando-se na década de 60 com os livros O Poeta e a Consciência Crítica e Código de Minas & Poesia Anterior. Com a colaboração de dois arquitetos publicou O Barroco Mineiro: Glossário de Arquitetura e Ornamentação, obra adotada praticamente em todas as escolas de Arquitetura e História da Arte no Brasil. Ao mesmo tempo, trabalhou no plano de conservação e planejamento de Ouro Preto e Mariana .
Dentre sua produção também chama a atenção uma obra clássica publicada nos estudos sobre a história de Minas Gerais, o livro Resíduos Seiscentistas em Minas.
Esse destacado estudioso e poeta que tenho a honra de apresentar aos caros ouvintes, participou ativamente da história contemporânea de Minas Gerais, além de preservar a sua memória.
É com reconhecimento pelo seu trabalho e grande respeito pela sua pessoa, que me propus a repassar alguns dados sobre a sua trajetória, ressaltando também as inúmeras homenagens recebidas durante sua vida.
Affonso Ávila faleceu em Belo Horizonte, no dia 26 de setembro de 2012, aos 84 anos, deixando-nos um riquíssimo legado de conhecimentos, através dos seus estudos e publicações.
Apresento uma poesia do seu livro Carta do Solo, traduzida para o espanhol, em 1962, e apresentada na Revista Tendência, da qual foi o fundador:

IMPROVISO

A palavra justa
a mim não pertence,
busco-a nessa luta
em que não se vence,
trabalho diário,
pelo amor de sempre.

A palavra triste
a mim não pertence,
perco-a numa lide
cujo amor se vence,
trabalho diário
pelo amor de sempre.

A palavra louca
a mim não pertence,
bebo-a noutra boca
e ela me convence,
trabalho diário
pelo amor de sempre.

Termino apresentando uma interessante reflexão que Affonso Ávila escreveu sobre a poesia, em agosto de 2006: “Vejo que a poesia nunca desaparecerá. Dentro de séculos ou milênios vamos ter poesia publicada na lua, em Marte. Para onde o homem for, a poesia vai com o homem. Ela vai dentro do homem, está na gênese do homem.”
Muito Obrigada!

Conto de Zaíra Melillo Martins

LEMBRANÇAS DE NATAL

Silenciosas, no início silenciosas, pois as surpreendia, na sua primeira alvorada, as manhãs de Natal, chuvosas ou ensolaradas, me conduziam sempre à sala de visitas... Ali, num canto preestabelecido, se enfileiravam, de véspera, nossos sapatinhos mais novos.
Os presentes coloridos ao redor, pequenos ou grandes, poucos ou muitos, davam um enorme desassossego ao meu coração de menina, que transbordava de curiosidade.
Sempre fui a primeira a despertar naquelas mágicas manhãs... Correndo pela casa silenciosa, despertando um e outro, pouco a pouco se apoderava do meu coração uma mistura de satisfação e nostalgia, ao escutar tocar os sinos das igrejas e os sons espaçados das gaitas, por vezes próximos, por vezes distantes, a contemplar com melancolia o encantamento da manhã.
Corria até a porta de vidro e aguçava os ouvidos para melhor absorver aqueles sons próprios e taciturnos das manhãs de Natal da minha terra.
Naqueles momentos, sentia a vibração de uma manhã tão triste, tão desmesuradamente triste, que meus olhos de menina divagavam perdidos, na contemplação das montanhas distantes, onde Papai Noel passava para chegar ao nosso vale.
Dava-me uma vontade de chorar, como se tivesse assimilando uma angústia coletiva, dos que se sentiam sós e desamparados, naquele momento que deveria ser só de alegrias... E nenhum presente do mundo, por maior ou melhor que fosse, não conseguiria abrandar aquele sentimento sufocado em meu peito.
Na obscuridade da sala de visitas, o retrato do meu pai, com sua fisionomia serena e penetrante, parecia entender minha angústia. Meu amado pai, que já não era uma presença palpável, mas melancólica lembrança, na vibração de um retrato na parede, naquelas mágicas manhãs da minha infância.

Publicado no jornal A Gazeta, de Itabirito, no jornal Acontece, de Caeté. Premiado no I Concurso Interno da Alacib- versão em espanhol: Recuerdos de Navidad – na Coletânea Alacib-Prosa e Verso – em 2014.

Poesia de Zaíra Melillo Martins

PRENDAS

Na fazenda
de uns parentes meus,
lá na Bahia,
existem grades
nas janelas centenárias
para evitar escapes
de moças casadouras.
Carecia encerrar
suas prendas preciosas
entre quatro paredes,
preservar a castidade
das donzelas,
aprendizes dos quitutes
e das rendas.
Quisera Deus
que as primas sertanejas
de outrora
não se distraíssem
em folguedos
na curva de um riacho sombrio,
com o cheiro
de caju maduro,
atiçando-lhes os sentidos...
Pois se algum mancebo
ali surgisse
por acaso
ou por combinação,
dariam elas
suas prendas preciosas,
na simplicidade
de uma pomba-rola
ou na brejeirice
da Gabriela de Amado.

Coletânia AMULMIG, Belo Horizonte, Emil Editora Ltda – 2006.
Publicado nos jornais Opinião, de Caeté, e A Gazeta, de Itabirito.



Edição em 11 de fevereiro de 2019 por J. B. Donadon-Leal