Jornal Aldrava Cultural
emaranhaminas - exposição de arte aldravista

De 02 a 29 de abril de 2008


Déia Leal, Gabriel Bicalho e J.S. Ferreira

Minha obra não é abstrata, nem impressionista; é aldravista.

No dia 02 de abril de 2008 a Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa, sob Coordenação de Sandra Maria Taranto Galhardo, realizou a abertura da Exposição de Arte Aldravista intitulada EMARANHAMINAS da artista plástica mineira Déia Leal. Foram apresentadas metonímias de Minas Gerais (conteúdos emaranhados do continente mineiro). O conjunto da obra trabalha manchas de algo que demarca perfurações no solo em ordenação de jogos de profundidade com perspectivas sobrepostas e aberturas para esconderijos ou fugas sob teias emaranhadas. A composição resulta em imagens sobre telas em acrílica e óleo com algumas intervenções de cordas, numa insinuação de temas em movimentos até que narrativas surjam da explosão de cores na instauração de possibilidades de significação e de sentido. Duas obras causaram impacto nos espectadores: a obra Martírio, que segundo a artista sua motivação poética foi a da evolução da imagem do impacto causado pelo sofrimento humano e a tela Luzia, representação metonímica do mais antigo fóssil encontrado nas Américas na região de Lagoa Santa - MG. A lembrança de Luzia se fez representada pelas cores empalidecidas dos ossos fósseis e a figura feminina se deixou insinuar pela presença de cabelos (em cordas desfiadas) jogados sobre tela e impressão aquosa de representação da fertilidade retórica do nascimento de Minas. A liberdade metonímica é o pilar da arte aldravista, que pergunta insistentemente ao espectador: o que é que só você vê. Uma forma de interação com o espectador a partir da relação dos títulos com as obras expostas. A história aldravista começa no ano de 2000 na Primaz de Minas com o lançamento do Jornal Aldrava Cultural, que delineava como objetivo a produção livre da arte. O caminho inicial de conceituação do aldravismo é a busca incondicional do exercício da liberdade. A partir desta conceituação, a artista busca na arte aldravista à expressão de liberdade, não compondo a obra sozinha, determinando sua interpretação, mas buscando no espectador como construtor e livre para buscar sentidos, a partir da sua história de vida cultural.
"Emaranhaminas - Arte Aldravista" tem em Viçosa a promoção da Divisão de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Viçosa, sob a coordenação de Sandra Maria Taranto Galhardo. A exposição ficará aberta do dia 02 até o dia 29 de abril na Pinacoteca da UFV Á casa 3 da Vila Giannetti, campus universitário.


A artista apresenta a mostras aos visitantes


A artista apresenta a mostras aos visitantes


A artista com Sandra Galhardo (Coordenadora da Pinacoteca UFV) e os aldravistas


Vista parcial da mostra emaranhaminas


Vista parcial da mostra emaranhaminas


Vista parcial da mostra emaranhaminas


Déia Leal e o jornalista Tiago Agostinho


Pinacoteca da Divisão de Assuntos Culturais da Universidade Federal de Viçosa
emaranhaminas
- exposição de arte aldravista


Clique no convite e leia poema 'emaranhaminas' de Gabriel Bicalho

Abertura: 02 de abril, das 19 às 22 horas

A Pinacoteca da Divisão de Arte e Cultura da UFV expõe, no período de 02 a 29 de abril de 2008, emaranhaminas - Exposição de Arte Aldravista, da artista mineira Déia Leal. Na Exposição insinuações de minas são lançadas em todas as telas, para que o leitor reconstrua alguma idéia de mineração, a partir de metonímias de Minas Gerais (conteúdos emaranhados do continente mineiro). As pinceladas abdicam do traço e lançam-se exclusivamente em manchas de algo que demarca perfurações no solo em ordenação de jogos de profundidade com perspectivas sobrepostas e aberturas para esconderijos ou fugas sob teias emaranhadas. A artista abre mão da composição da arte através de traços e desenhos que resultam em imagens, para jogar sobre telas acrílico, óleo com algum grattage ou cordas, numa insinuação de temas em movimentos até que narrativas surjam da explosão de cores na instauração de possibilidades de significação e de sentido. A liberdade metonímica é o pilar da arte aldravista, que pergunta insistentemente ao espectador: o que é que só você vê.
Coordenação: Sandra Maria Taranto Galhardo – Pinacoteca da UFV.
Curadores: Gabriel Bicalho e J. B. Donadon-Leal – Associação Aldrava Letras e Artes.

Déia Leal (Andréia Aparecida Silva Donadon Leal) nasceu em Itabira/MG. Formada em Letras (UFOP-MG) e Pós-graduanda em Artes Visuais - Cultura & Criação (SENAC). Representou Minas Gerais no Circuito Internacional de Arte Brasileira na Tailândia, China, Áustria, Alemanha e Polônia (2007-2008). Premiada no Concurso Internacional de Artes Plásticas Compositor Antonio Gualda - 2006, na Espanha. Participou da exposição Arte dos cinco Continentes na Espanha e na Itália.



Déia Leal

Realização
Universidade Federal de Viçosa
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
Divisão de Assuntos Culturais

Associação Aldrava Letras e Artes