FALEMG
- Verba volant, scripta manent
Reunião
Solene da FALEMG em
14 de dezembroo de 2011
Aloísio
teixeira Garcia, Presidente da FALEMG preside reunião em 14/12/2011
Em 14 de dezembro de 2011, no terceiro andar do Automóvel Clube
de Belo Horizonte, aconteceu reunião solene da FALEMG em que
houve a entrega da Placa de Mérito 2011 a personalidade do
ano. O homenageado de 2011 foi o acadêmico e Ex-Governador Francelino
Pereira pelo seu trabalho incansável em prol da cultura de
Minas Gerais e do Brasil. O presidente da FALEMG, Aloísio Teixeira
Garcia proferiu discurso de justificação da escolha
do homenageado e o acadêmico César Vanucci fez discurso
de louvação ao homenageado. Francelino Pereira fez discurso
de agradecimento e de engrandecimento a Minas Gerais, terra que o
acolheu e permitiu sua trajetória de sucesso. Após a
cerimônia solene, houve reunião da FALEMG, com presença
de associados de várias regiões de Minas Gerais (Belo
Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Coromandel, Divinópolis, Formiga,
Juiz de Fora, Mariana, Viçosa, Uberaba, entre outras).
César
vanucci ,
Vice-Presidente da FALEMG discursa
em reconhecimento ao trabalho político-cultural de Francelino
Pereira
Francelino
Pereira Faz discurso de agradecimento
Luiz
Carlos Abritta, Aloísio Teixeira e César Vanucci entregam
Placa de Mérito FALEMG a Francelino Pereira
Panorama
da reunião da FALEMG em 14 de dezembro
de 2011
Saudação
a Murilo Badaró
César Vanucci – Vice- Presidente da FALEMG
Nosso estimado e culto presidente
Aloísio distingue-me com a incumbência de saudar o ilustre
homenageado de hoje, neste amorável encontro de confraternização
promovido pela nossa pujante Federação das Academias
de Letras e Cultura de Minas Gerais.
O que tenho para dizer, em boa e leal verdade, a respeito do cidadão
que está sendo alvo aqui desta carinhosa celebração
constitui um somatório de eficientes informações,
do conhecimento, certeiramente, não apenas de todos que se
encontram neste recinto, bem como também de um mundão
de gente lá fora, uns e outros apoderados, por óbvios
motivos, da convicção de que Francelino Pereira, pela
maneira de ser e viver, é um cara que faz parte do mundo invejável
dos corações fervorosos.
Um ser humano que sabe das coisas; que vive com intensidade e sabedoria
os lances de cada momento da fascinante aventura humana. Alguém
que compreende perfeitamente, nas ações executadas,
qual o dever primordial do ser humano.
Qual seja, ser apenas, suficientemente, ele mesmo, e mais ninguém,
como propõe Ibsen, por meio do personagem Peer Gynt, em “A
comédia do amor”.
Tem importância não, por conseguinte, que estas palavras
de homenagem ao ilustre patrício, mineiro nascido no Piauí,
que se tornou um mestre na interlocução política,
introjetando nas palavras energia, fervor, generosidade, idealismo
e sonhos, sintonizado sempre com o sentimento nacional; tem importância
não que estas singelas palavras de homenagem repitam registros
já feitos, conceitos já expendidos, certamente com brilhantismo
que me seria impossível reproduzir, em numerosas outras ocasiões
em que Francelino Pereira tenha sido festejado – a repetição
é a melhor retórica, como proclamava Napoleão;
a melhor forma, talvez, de garantir a fixação na memória
das ruas de figuras e feitos realçantes na história
da construção humana.
O chão percorrido por Francelino Pereira se entrelaça,
por largo espaço de tempo, com o chão de Minas Gerais.
É chão a perder de vista... Cão áspero
desbravado com indômita vontade por alguém predestinado
a desempenhar uma missão relevante na história de seu
país. Chão que, a partir de Angical, nas lonjuras piauienses,
se encomprida pelas vastidões montanhosas do país das
Gerais. Avança, ao depois, pelos chapadões sem fim do
Planalto Central, embica, adiante, por tudo quanto é canto
do fascinante continente brasileiro.
Chão palmilhado por Francelino Pereira, um homem que se encantou,
desde cedo, com a nobreza da ação política, abraçando-a
com todas as forças como ideal de vida inteira, cobrindo um
percurso extenso, pontuado de cintilações.
Em época recente, os jornalistas Kao Martins, Paulinho Assunção
e Sebastião Martins, ancorados em esplêndido trabalho
de pesquisa, compuseram a trajetória edificante do “menino,
jovem e adulto que teve a audácia de sonhar um sonho impossível,
a determinação de persegui-lo e – contra todas
as previsões e evidências – realizá-lo integralmente”.
O livro “O chão de Minas”, que na verdade fala
do chão de Francelino, ocupa-se de uma saga inspiradora. E,
que saga!
Descreve, com riqueza de pormenores, trazendo a lume muitas revelações
inéditas, os caminhos por esse cidadão nascido no Piauí,
mas mineiríssimo quanto os que mais o sejam, que por meio século
afora desempenhou papéis de magnitude no palco dos acontecimentos.
O pano de fundo da jornada projeta pedaço de tempo de forte
impacto na história brasileira. Tempo sacudido por turbulências
ideológicas, entrechoques ferozes, emoções arrebatadoras;
por clamorosas perdas de direitos essenciais, em instantes trevosos.
E, em momentos posteriores, tempo também marcado, recompensadoramente,
pela (re)conquista preciosas do regime democrático, com seus
valores e imperfeições humanos, mas com suas insuplantáveis
vantagens sobre quaisquer outras formas de governos.
Como Vereador, Deputado Federal, dirigente partidário, Governador
de estado e Senador, Francelino Pereira viveu de forma intensa a ebulição
desse processo histórico carregado de inovações
e transformações. Cuidou de escrever com lisura ética,
espírito público, bom senso, disposição
progressista, o capítulo correspondente à sua participação.
Bem dotado intelectualmente,, hábil e conciliador, construiu
pontes de relacionamento com correligionários e adversários,
nas diferentes correntes políticas. Essas ligações
se revelariam extremamente valiosas em horas cruciais.
A sólida formação humanística de Francelino
deponta em numerosos trechos de sua vibrante carreira. Com seu jeito
de ser afável, simples e descontraído, nas culminâncias
do poder, ele nunca se desapegou de hábitos que lhe garantiram,
vida pública adentro, apreço e admiração
em todos os segmentos da comunidade.
Eu sei que, nos tempos de Governador, Francelino costumava tomar do
telefone para mensagens pessoais que, não poucas vezes, surpreendiam
a pessoa contactada. Bate-me, aqui na memória, ainda agora,
uma historinha que ouvi contar a propósito dessas chamadas:
a esposa de um executivo atende, na manhã de um domingo, o
telefone na sala e diz, num tom de voz meio desconfiado, para o marido:
– tem um cara aí falando que é o Governador...
Quer falar com você; cumprimentá-lo pelo aniversário.
Tou achando que é brincadeira de seu irmão. Ele não
perde chance pra bagunçar o coreto...
Era brincadeira não!
Há episódios menos conhecidos na atuação
do homenageado que só fazem enriquecer-lhe a lenda pessoal,
colocando à prova sua vocação cívica.
Um deles: frente a frente com Costa e Silva, que o convidou para encontro
no palácio presidencial, Francelino recusou-se a seguir a orientação
dadsa pelo Governo no caso da pretendida cassação do
mandato do Deputado Márcio Moreira Alves. Seu nome, por conta
disso, chegou a ser incluído numa lista de cassções
elaborada pouco depois da edição do dolorosamente célebre
AI-5. Misteriosos desígnios impediram fosse a violência
consumada.
Adiante, Francelino empenhou-se de corpo e alma, como era costume
dizer-se em tempos antigos, na batalha pela almejada distensão
política, à hora da transição do regime
autoritário para o estado de direito.
Em todas as funções exercidas, primando-se sempre pela
austeridade, deixou evidenciada singular capacidade empreendedora.
Atos marcantes de sua trepidante movimentação política
anotam que sempre fez uso correto e harmonioso, nas intervenções
e articulações, de uma boa dose de energia e outra boa
dose de jeito.
Tomando posse, por força de significativa contribuição
cultural, na Academia Mineira de Letras, confessou sua enternecida
paixão por Minas: “Nesta terra construí minha
vida e meu destino. Desta Minas de tantos heróis, de tão
belas e sóbrias tradições, recebi uma acolhida
que nunca julgaria possível (...). A esse espírito e
a essa alma mineira dediquei toda a minha vida e o melhor da minha
capacidade.”
Pura verdade!
A trajetória pessoal de Francelino documenta magistralmente
tudo isso.
Sua disposição para servir, sua vida e sua obra, vinculadas
à história do desenvolvimento político, econômico,
social de Minas, com benfazejos reflexos no plano nacional, asseguram-lhe
lugar na galeria dos grandes vultos mineiros que, nas últimas
décadas, tanto contribuíram para que o Brasil não
esmoreça no esforço de poder cumpriri em plenitude sua
indesviável Vocação de Grandeza.
Diretoria FALEMG -
2010 - 2012
Presidente:
Aloísio Teixeira Garcia
1° Vice-Presidente: Luiz Carlos Abritta
2° Vice-Presidente: César Pereira Vanucci
Secretário-Geral: Olavo Romano
1° Secretário: Dilermando Rocha Galvão
2° Secretário: Coracy da Silva Neiva Batista
Tesoureira: Maria Elisa Chaves Machado
1° Tesoureiro: José Benedito Donadon-Leal
Diretor de Cultura: Marco Aurélio Baggio
1ª Diretora de Intercâmbio Cultural: Andreia
Aparecida Silva Donadon Leal
2ª Diretora de Intercâmbio Cultural: Maria
Aparecida da Silva Simões
São Conselheiros da FALEMG (biênio:
dezembro de 2010 a dezembro de 2012):
Creusa
Cavalcante França
Douglas de Carvalho Henriques
Elisabeth Fernandes Rennó
Eugênio Ferraz
Fábio Proença Doyle
Ione Taglialegna
João Bosco de Castro
Luiz Gonzaga Amorim
Maria Adelia Cheline Salles
Paulo José de Oliveira
Petrônio Braz
Ricardo Reis Cavalcanti
Valdemar Firmino de Oliveira
Logo oficial da FALEMG
Arte de Gabriel Bicalho
Em
16 de fevereiro de 2011, no Cartório de registro Civil de Pessoas
Jurídicas de Belo Horizonte, foi registrado o Estatuto da Federação
das Academias de Letras e Cultura de Minas Gerais - FALEMG, sob número
130730, no Livro A.
Veja
Estatuto da FALEMG
clique na imagem abaixo