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Jornal
Aldrava Cultural |
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Poesia
de Luiz Tyller Pirola |
Tão
cedo
Luiz
Tyller Pirola
(Dedicado
a Arley Camillo e a J. B. Donadon-Leal)
Tão
cedo
chegamos até aqui
amigos
Talvez
metade da
vida
Mais
não sabemos
dizer
Segredo
que guardam
os deuses
ciosos dos seus
afazeres.
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Todavia
cerca de Viña Del Mar
Luiz Tyller
Pirola
Não
te fiz um poema
Não te louvei como devia
O último beijo foi vento
Que esconde a fonte na areia
Passadas
as inquietações
Tinha restado a quietude
De duas almas enlaçadas
A companheira que dorme
As mãos dadas, não se percam
No turbilhão dos sonhos
Assim
restou tanto e muita coisa
Além do que está aqui e mais distante
Talvez precisemos de outras vidas
Para sentir o frescor do vento
E deixar aos outros o destino
Que cada qual faz, estende
O braço, toca o horizonte,
Tenta sentir a presença de Deus,
E o traça no firmamento.
Amorem
coribus
Infunde
amorem coribus, Pai
Porque me despeço
E porque depois de tanto tempo
Entendo,agora, o cansaço
Não
mais roupas, sapatos
Porque me vou já
Dividido entre ficar
E a incompreensível maravilha
Do desconhecido
Infunde
amorem coribus, Pai
Porque eu preciso
Me reconciliar com meus inimigos
Com o resto do viver
E sobretudo comigo
Quem
sabe encontrar tantos
Chamados antes de mim
E assim desvestidos
Do interesse da matéria
Talvez, ao fim, eu possa
Dizer: Olá! Amigo.
Infunde
amorem coribus pai
Porque meu tempo expirou
Minhas vestes, as roupas todas
Aos precisados, tão somente
Meu corpo nu e a alma vestida
Com o pequeno lume que me deste.
Tição de fogo - autor:
Camilo
Dia
da Democracia
É
livre o amor perdido
Ou seria prisioneiro
Mofado detento
Em funda masmorra escura
Na profundidade do séc. XIX.
Levai
água e dai
Ao cativo sedento
Deixai cair a metafórica água
Confusa naquela dos seus
Sentimentos.
Quem
sabe de branco
Limpe sua alma manchada
Quem sabe
Porque nunca se sabe
Se ao prisioneiro ela
Saberá a vinagre.
Poema capa do site Aldrava em 25 de outubro
de 2007
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