Jornal Aldrava Cultural
ISSN 1519-9665
S B P A - Amauri de Souza
Artes Visuais
Cartas

Amauri de Souza

Sociedade idealizada por Andreia Donadon Leal
Logo criada por Gabriel Bicalho



Amauri de Souza é jornalista formado pela UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba) e trabalha na Prefeitura de Americana (SP). Casado com Eliane Cristina Agulha de Souza, com quem tem uma filha, Júlia de Souza. Atualmente reside com a família no município de Santa Bárbara d’Oeste (SP). É membro efetivo do Grupo Espaço Literário “Nelly Rocha Galassi”, de Americana, e integra diversos grupos virtuais de literatura. Em 2013 teve uma crônica (Ao pé do ouvido) classificada e publicada na VII edição do Concurso Literário de Presidente Prudente (CLIPP), utilizando-se apenas de provérbios. Escreve artigos sobre diversas temáticas para Jornais de Americana e região. Em 2005 publicou Retratos do Tempo (Edições Buriti - Poemas), seu primeiro livro, e agora está em vias de publicar Aldeia Mordaz, uma crítica social em prosa poética que contextualiza a cidade na sua dinâmica de transformação e contradições. Neste, a aldravia tem destaque juntamente com alguns poemas de outras categorias literárias, além de crônicas. Em 2018 participou do 21º Concurso Literário Prêmio Cidadão de Poesia (Limeira-SP) na condição de jurado. Amauri teve contato com a aldravia pela primeira vez em outubro de 2018, quando o poeta e amigo, Otacílio Monteiro (Limeira-SP), começou a publicar suas primeiras aldravias em sua página no Facebook. Naquele ano, Monteiro havia participado da FLIV (Feira Literária de Vinhedo - SP), na qual os ilustres poetas aldravistas, Andreia Donadon Leal e José Benedito Donadon, realizaram uma oficina sobre Aldravias. Ao visualizar na página do amigo o estilo poético peculiar na forma, sentiu um interesse imediato e, após ter contato com a produção de outros poetas aldravianistas, se encantou com o estilo.


Aldravias de Amauri de Souza (Santa Bárbara d'Oeste - SP)

violões
selam
a(cor)dos
acordes
acordeões
concordam
alaranjado
entardecer
destoou
amanhecido
dia
azul
braile

colibri
bailar
entre
dedos
violinos
tristonhos
choram
claves
de
terra
cultiva
espantalho
ereto
solitário
espanto
ladeiras
escorrem
histórias
mineiras
socorrem
memórias
sedenta
língua
seduz
palavra
boca
concede
abertos
paraquedas
homens
livres
arranham
céus
papagaios
mudos
adversos
ventos
esvoaçam
versos
seca
severina
sina
silenciosa
solidão
salobra
 
olhos
transbordam
tristezas
deságuam
chuva
lacrimal
taramelas
libertam
janelas
vastidão
invade
olhares
consoante
palavras
engasgadas
vogais
escorrem-nos
boquiabertas
inibidas
flores
beijam
atrevido
beija
flor
jamais
esquecidas
dolorosas
lápides
entulham
memórias
 
caras
velas
lusitanas
velhas
re(velam)
lembranças
acordado
sonho
dar-te
arte
minha
artimanha
vestido
rosa
seda
insinua
botão
aberto
coração
disparado
cansa
tristeza
nenhuma
alcança
reprimido
pranto
murmura
ando
engasgado
choro

 

 

Página criada em 19 de agosto de 2019
Editor: J. B. Donadon-Leal