Ceres
Marylise Rebouças de Souza
Sociedade
idealizada por Andreia Donadon Leal
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criada por Gabriel Bicalho
Ceres
Marylise Rebouças de Souza. Membro efetivo e atual
vice-presidente da Academia de Letras de Itabuna, Cadeira nº
16. É grapiúna (nome dado por Jorge Amado às
pessoas que nascem na região cacaueira do sul da Bahia), filha
de Ubaitaba. Docente da Universidade do Estado da Bahia; doutora em
Linguística pela Université Du Quebec au Montreal; especialista
em Alfabetização pela Universidade Federal do Ceará.
Escreve para as revistas gaúchas RSLetras e Décima Primeira
Açoriana; e, para as lusófonas EisFluências, Fênix
e Cá Entre Nós. Colabora semanalmente com os jornais
regionais Tribuna da Região, O Paraguaçu, Agora e Diário
Bahia. Na internet, através da qual sua obra literária,
tornou-se conhecida há mais de uma década, pertence
a diversos grupos literários nacionais e internacionais: Poetas
del Mundo, Unión Hispanomundial de Escritores e Associação
Internacional de Poetas, com publicações literárias
em centenas de sites. Participou das antologias: V Antologia Literária
- coordenação e prefácio de Artur da Távola,
Sena Editora, Bauru - SP; Antologia Poética - Edição
Histórica, Editora AVLB – SP; Antologia - Escritores
Brasileiros, coordenação de Ricardo de Benedictis; Antologia
Poesia do Brasil, do XXI Congresso Nacional de Poesia no Rio Grande
do Sul, coordenada por Ademir Antônio Bacca; e da Antologia
de Poetas Brasileiros, pelo Instituto Cultural Português, no
Brasil, organizada pelo presidente da instituição, Profº
Dr. António Soares. Em março de 2014, participou do
XI EIDE – Encontro Internacional de Escritoras, em Brasília,
onde apresentou seu livro Atalhos e Descaminhos e, posteriormente,
em Paris, no Salon du Livre de Paris, sendo condecorada como embaixadora
da Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture.
Recentemente foi agraciada com o troféu Cecília Meireles
em Itabira/MG.
Aldravias
de
Ceres Marylise Rebouças de Souza (Salvador,
BA)
fome
rebelada
se
põe
de
pé |
procissão
de
pirilampos
ilumina
mata
escura |
marcas
ancestrais
a
ferro
e
fogo |
razões
clareiam
em
meio
a
incompreensões |
água
fluindo
nas
minhas
veias
fortifica |
ambulâncias
transportam
agonias
todas
as
noites |
dias
espiam
pelas
frestas
do
telhado |
mataram
sonhos
de
viver
em
paz |
cheiro
matinal
de
chuva
e
curral |
mar
tranquilidade
que
suaviza
duras
rochas |
silêncios
noturnos
criam
vultos
na
imaginação |
somos
morte
nesse
mundo
hostil
insano |
viajando
na
noite
pergunto
aonde
vamos? |
a
vida
brada
insistente
é
agora! |
as
fronteiras
se
findam
nas
distâncias |
ficaram
terrenos
baldios
desencantos
em
mim |
como
inundar
teu
coração
de
solidão? |
deixou
a
porta
aberta
como
despedida |
já
vou
vim
saber
de
mim |
em
meu
silêncio
consenti
tua
ausência |
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criada em 04 de maio de 2014
Editor: J. B. Donadon-Leal