Jornal Aldrava Cultural
ISSN 1519-9665
S B P A - Ceres Marylise Rebouças de Souza
Artes Visuais
Cartas

Ceres Marylise Rebouças de Souza

Sociedade idealizada por Andreia Donadon Leal
Logo criada por Gabriel Bicalho

Ceres Marylise Rebouças de Souza. Membro efetivo e atual vice-presidente da Academia de Letras de Itabuna, Cadeira nº 16. É grapiúna (nome dado por Jorge Amado às pessoas que nascem na região cacaueira do sul da Bahia), filha de Ubaitaba. Docente da Universidade do Estado da Bahia; doutora em Linguística pela Université Du Quebec au Montreal; especialista em Alfabetização pela Universidade Federal do Ceará. Escreve para as revistas gaúchas RSLetras e Décima Primeira Açoriana; e, para as lusófonas EisFluências, Fênix e Cá Entre Nós. Colabora semanalmente com os jornais regionais Tribuna da Região, O Paraguaçu, Agora e Diário Bahia. Na internet, através da qual sua obra literária, tornou-se conhecida há mais de uma década, pertence a diversos grupos literários nacionais e internacionais: Poetas del Mundo, Unión Hispanomundial de Escritores e Associação Internacional de Poetas, com publicações literárias em centenas de sites. Participou das antologias: V Antologia Literária - coordenação e prefácio de Artur da Távola, Sena Editora, Bauru - SP; Antologia Poética - Edição Histórica, Editora AVLB – SP; Antologia - Escritores Brasileiros, coordenação de Ricardo de Benedictis; Antologia Poesia do Brasil, do XXI Congresso Nacional de Poesia no Rio Grande do Sul, coordenada por Ademir Antônio Bacca; e da Antologia de Poetas Brasileiros, pelo Instituto Cultural Português, no Brasil, organizada pelo presidente da instituição, Profº Dr. António Soares. Em março de 2014, participou do XI EIDE – Encontro Internacional de Escritoras, em Brasília, onde apresentou seu livro Atalhos e Descaminhos e, posteriormente, em Paris, no Salon du Livre de Paris, sendo condecorada como embaixadora da Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture. Recentemente foi agraciada com o troféu Cecília Meireles em Itabira/MG.


 

Aldravias de Ceres Marylise Rebouças de Souza (Salvador, BA)

fome
rebelada
se
põe
de
procissão
de
pirilampos
ilumina
mata
escura
marcas
ancestrais
a
ferro
e
fogo
razões
clareiam
em
meio
a
incompreensões
água
fluindo
nas
minhas
veias
fortifica
ambulâncias
transportam
agonias
todas
as
noites
dias
espiam
pelas
frestas
do
telhado
mataram
sonhos
de
viver
em
paz
cheiro
matinal
de
chuva
e
curral
mar
tranquilidade
que
suaviza
duras
rochas
silêncios
noturnos
criam
vultos
na
imaginação
somos
morte
nesse
mundo
hostil
insano
viajando
na
noite
pergunto
aonde
vamos?
a
vida
brada
insistente
é
agora!
as
fronteiras
se
findam
nas
distâncias
ficaram
terrenos
baldios
desencantos
em
mim
como
inundar
teu
coração
de
solidão?
deixou
a
porta
aberta
como
despedida

vou
vim
saber
de
mim
em
meu
silêncio
consenti
tua
ausência


 

Página criada em 04 de maio de 2014
Editor: J. B. Donadon-Leal