Zizi sapateiro: patrimônio cultural da humanidade José
Ribeiro Santos (Zizi Sapateiro) dos
sapatos ao céu gabriel bicalho I In:
Jornal Aldrava Cultural, Nº 25, Pág. 01 SÃO ZIZI SAPATEIRO ARCANJO (Carvalho Branco)
Zi... Zi... Z... umbe no ar O pincel do artista... E o ritmo da poesia Repica na sola batida, No couro surrado, Sovado E escovado Pelo Sapateiro... Tamborins... pandeiro... A cuíca repinica... na vida assim vista...
E as trombetas e harpas dos anjos, Os bandolins, os banjos, Ressoam no Paraíso... Zizi Sapateiro é só sorriso... Balandrau branco, Pantufas,no local de sapatos ou tamancos... Zizi Sapateiro agora é o que sempre foi: UM ANJO!... Lá no Céu, onde não tem ladrão nem polícia, ele já tem sua Sé... Ao lado, é claro, de um atelier do artista... Esbanjo a notícia: São Zizi Sapateiro Arcanjo!... _________________________________________________________________________ Homenagem
da Presidente do InBrasCI - Rio de Janeiro - Dra. Marilza Albuquerque
Zizi Sapateiro, pós Ocaso... Dos Votos, ao artista que voou... Zizi, na ponta dos pincéis, asas de colibri. Deixou seu perfume nas almas flores dos amigos... Deixou suas cores nas telas de seu estilo... Que seja perene através delas...
Sapateiro
/ Pintor J.S.Ferreira
Sapateiro
bate sola; Sapateiro usa tinta Zizi
Sapateiro In:
Jornal Aldrava Cultural, Nº 25, Pág. 04
ZIZI
- PINTOR BRASILEIRO* Zizi Sapateiro, amigo de longos anos:
*(Saudação do Layon, “O Pintor das Brumas” ao ZIZI SAPATEIRO, pintor Naïf, - mundialmente renomado e admirado por suas telas espetaculares, plenas de imaginação e de criatividade -, durante a Missa Comemorativa de seus 80 anos de idade, completados em 26/05/2003 e festivamente comemorados por seus inúmeros amigos e familiares, em 31/05/2003). In: Jornal Aldrava Cultural, Nº 25, Pág. 01 _______________________________________________________________________________________________ Entrevista
ZIZI
SAPATEIRO
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Saga
de Pintor*
Adeus Zizi Sapateiro Elias Layon Os campanários da velha catedral de Mariana, em dobres lúgubres, anunciaram a viagem eterna do artista plástico pintor Zizi Sapateiro. Deixa um triste e impreenchível vazio em todos nós, amigos, colegas e parentes. A cultura da primaz de Minas mais empobrecida daqueles verdadeiros valores de expressão popular, brotados das searas mais simples de nossa gente. Zizi veio dali, oriundo do ambiente de uma modesta oficina de sapateiro para se tornar nome mundial através de sua arte primitivista .De berço humilde, mesmo no auge de sua gloriosa carreira, repercutido nacionalmente pela mídia ,nunca perdeu a beleza de sua simplicidade no contato com todos que dele se aproximavam . Sempre alegre e generoso distribuiu, ao longo de seu viver, os mais honestos valores de caráter e honradez no cumprimento fiel de suas obrigações materiais e espirituais. Na profissão de artista plástico nos legou o melhor exemplo de perseverança e luta na trajetória ‘a escala vitoriosa na arte. Um trabalho obstinado, de 40 anos, na crença segura de seus próprios valores artísticos, mesmo incompreendido e criticado em sua terra, alçou o que jamais podia sonhar na difusão de seu trabalho onde mais de 10.000 pinturas, geniais e criativas, foram parar nas grandes coleções mundiais. A obra desse genial artista tão volumosa e significativa, impregnada de poesia e lirismo ,em que predomina a religiosidade e o conhecimento razoável que possuía da Bíblia, ensinados na pequena escolinha de Cônego Braga que freqüentou durante a juventude , merece um estudo minucioso e ‘a parte dos temas folclóricos que abordou. Zizi se foi. Mas não podia ir rapidamente. Mesmo na sua dolorosa doença soube lutar com garra, como era de seu caráter perseverante e obstinado, por mais de um ano ‘a enfermidade a que por fim sucumbiu . Ele partiu para junto daqueles verdadeiros marianenses que souberam amar e contribuir para a cultura de nossa cidade. Ali no infinito, sua alma glorificada e assistida por anjos e arcanjos, descansará em paz, missão cumprida, junto aos grandes conterrâneos que aqui deixaram obras relevantes ao nosso município como as de um memorável Dom Oscar de Oliveira, Mons. Vicente Diláscio, Lauro Morais , Moura Santos e o querido colega Manuelzinho Chaves que fora tão precocemente. Zizi
partiu, mas a sua poética obra permanecerá para sempre a
pulsar e nos dizer de sua vida e de sua trajetória terrena no sentido
verdadeiro de arte e de cultura , bens permanentes muitas vezes mal interpretados
e desvalorizados pela contemporaneidade. No meu preito ao Zizi fica a saudade, a gratidão profunda e o amor filial. Adeus Zizi Sapateiro! Texto
publicado no Jornal Ponto Final, Ano XIII, nº 412
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